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Publicado 01/2024
Noções Básicas de Terminais – Orientações sobre Conectores para Equipamentos de Manobra de Média Tensão
Assim como ocorre em grande parte das decisões de engenharia, os métodos para interligar fisicamente equipamentos de distribuição de eletricidade em sistemas aéreos envolvem uma ponderação sobre custo, confiabilidade e facilidade de conexão. Ao longo dos anos, engenheiros eletricistas desenvolveram diversas abordagens para a conexão desses equipamentos, cada uma apresentando seus próprios méritos e desvantagens.
Neste artigo, exploraremos os dois tipos mais comuns, destacando os pontos positivos e negativos de cada opção.
Opção 1 – O Conector de Túnel
O conector de túnel é, de longe, o conector mais comum que a NOJA Power oferece com o Sistema Religador OSM, sendo considerado a escolha mais adequada quando se busca versatilidade.
O conjunto do conector de túnel compõe um cilindro de latão estanhado com uma placa de pressão interna. A entrada do cilindro é compatível com qualquer tamanho de cabo de 44 a 260 mm2.
Ao conectar linhas aéreas ao dispositivo em campo, basta decapar o condutor, inserir o condutor desencapado no conector e apertar as chaves Allen a 30 Nm para fixar o cabo.
Vantagens:
- Custo
- Versatilidade
- Simplicidade
O conector de túnel utiliza a menor quantidade de material (no lado do equipamento de chaveamento) de qualquer tipo de conector e, portanto, é a opção de menor custo para a conexão. Além disso, pode ser usado em uma ampla variedade de cabos, o que significa que o produto padrão será compatível com o maior número de aplicações de conexão de distribuição aérea. E, por fim, a conexão é extremamente simples, bastando fixar duas chaves Allen em uma linha inserida. Simples.
Desvantagens:
- Durabilidade ao longo do tempo
- Transporte
O maior problema dos conectores de túnel é garantir que o torque dos parafusos da chave Allen seja mantido. O torque garante uma conexão adequada de baixa impedância ao equipamento de chaveamento, de modo que não se formem pontos quentes nos terminais.
Se o Religador for fornecido “pré-preparado” - ou seja, com todas as pontas dos cabos e para-raios conectadas antes da instalação (ou da chegada ao local), haverá o risco de se soltarem ou de deformação do cabo durante o transporte, além da necessidade de reaperto.
Esta deficiência faz com que a maioria dos usuários que optam pela “pré-preparação” do equipamento de chaveamento optem pela opção 2 da nossa lista. Isto é, o conector de palma.
Opção 2 – Conector NEMA Flat
Também conhecidos como NEMA, esses conectores com designs plano possuem múltiplos parafusos para conectar cabos aéreos pré-terminados às linhas.
O projeto depende de um “terminal” estilo NEMA conectado à linha aérea, antes que a conexão final dos cabos seja feita, devesse fixar o terminal na parte superior das buchas. Para o Religador OSM e a VISI-SWITCH® da NOJA Power, os conectores de NEMA aceitam um parafuso M12, que deve ser apertado a 50 Nm.
Existem diversas opções de furação do conector NEMA disponível, incluindo quatro furos, com rosca e sem rosca, mas para a finalidade deste artigo, consideraremos o conector básico, sem rosca de dois furos.
Vantagens:
- Confiabilidade da conexão
- Fácil conexão traseira ao para-raios
A principal razão para optar por conectores NEMA (a menos que suas normas locais exijam seu uso) é a confiabilidade da conexão. O uso de múltiplos parafusos M12 e a resistência dos cabos à deformação na terminação tornam este tipo de conexão o mais seguro. É muito menos provável encontrar pontos quentes nas terminações dos conectores tipo NEMA.
A vantagem adicional de um design flat aparafusado é a simplicidade de conexão das extremidades do para-raios. As conexões traseiras dos para-raios podem ser equipadas com terminais planos e agrupadas por meio de um parafuso que conecta a linha aérea ao equipamento de manobra. Por outro lado, com o conector de túnel, os para-raios devem ser conectados usando braçadeiras de ranhura paralela, o que exige um maior número de parafusos para apertar e introduz o risco de deformação do cabo.
Desvantagens:
- Custo
- Complexidade
Primeiramente, os conectores de flat possuem mais material do que um conector de túnel e, portanto, são mais caros. Outro custo adicional é a necessidade de um terminal lateral da linha, que, por si só, é uma peça substancial de metalurgia. Em média, uma conexão de flat custa mais que o dobro do custo de um conector de túnel. Isso deve ser considerado em relação ao custo de manutenção e à confiabilidade.
O flat também é um pouco mais difícil de montar em comparação com o conector de túnel. Os conectores de túnel podem ser simplesmente inseridos e fixados, enquanto os conectores de flat exigem que o técnico prenda ou fixe o terminal na linha aérea antes de parafusar o terminal no conector. Essa é uma etapa adicional que torna o processo um pouco mais complexo do que a outra alternativa.
Conclusão
“Nossos religadores evoluíram ao longo dos anos para atender às necessidades dos nossos clientes,” afirma o Diretor Geral do Grupo NOJA Power, Neil O'Sullivan.
“Isso inclui diversos arranjos de terminação, juntamente com protetores de pássaros para atender a tais arranjos, permitindo que os clientes tenham um arranjo de bucha totalmente isolado para oferecer confiabilidade máxima.”
A NOJA Power oferece opções de conectores de Túnel e NEMA para sua seleção de equipamentos de manobra. Ambos os designs têm seus méritos e a seleção ideal variará de acordo com a aplicação. Para mais informações sobre equipamentos de chaveamento e terminações, ou para aprender com a experiência de mais de 90.000 instalações em todo o mundo, acesse www.nojapower.com.br ou entre em contato com seu representante local NOJA Power.
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